Escrita por Nicolau Ayer O Ponto é a encenação de um encontro entre dois rapazes, Ivo e Gil em um ponto de ônibus. A principio um lugar comum onde pessoas se encontram, seja pela manhã ou pela tarde, na ida para o trabalho ou na volta para casa. Encontros corriqueiros, banais onde pessoas se cruzam a todo momento mas pouco se comunicam mesmo estando próximos a espera de uma condução, cada um com seu destino individual.
Pessoas estranhas umas para outras, desconhecidas, pessoas que já se cruzaram ou apenas se cruzam neste ponto todos os dias e nada mais.
Expressões fechadas preocupadas, outras alegres ou eufóricas cada individuo com sua particularidade, sua vontade, seu medo, seu conflito.
Dividi-los com alguém seria necessário ou providencial?
Estar ali naquele ponto todos os dias ou apenas naquele momento com um único propósito, sair de lá.
Sair de um lugar, um momento e se mover para outro parece ser uma ação simples sem mistério algum a menos que sua memória não falhe e você, de uma hora para outra, de um momento para o outro, não saiba mais o que esta fazendo ali, como chegou ali ou que lugar seja aquele com aquela pessoa estranha que nunca esteve com você.
Os dois presos num lugar insólito, numa noite tempestuosa acompanhados do medo do desconhecido.
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