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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ontem e hoje

Ontem...
O que eu posso oferecer... O meu sorriso nada mais.
Sedutora, se deixa seduzir... Pelos olhares, pela juventude.
Responde ao meu chamado... Da festa!
De lá ela me tira e juntos partimos.
Conheço seu ninho, seu cheiro, seu corpo e apresento-me ingênuo.
Deixo-me levar pela onda, sonora, ao fundo Follow me around – Radiohead.
Com sua hipnose experiente faz-me segui-la... Não há como...
Não há...
Banhamos-nos juntos realçando o sabor
Entrelaçado em seu corpo, desenho formas, sinto seu gosto...
Encontram-se os lábios que se perdem.
Paredes multicoloridas refletem o fulgor de nossas chamas.
E ela me mostra, mesmo que só por uma noite, como amar em seu pleno sentido, completo!
A noite vai passando. As estrelas acima do teto onde, entre cochilos e amasso estamos, deslizam pelo céu que antes negro agora brilha a luz solar.

Hoje...
O que eu tenho é pouco... não tenho mais.
Segura, não se deixa segurar... Mantém-se antagônica.
Afasta de si o cálice.
Rejeita-me, corrobora notícias incertas.
Interdita meu acesso e neutraliza meus sentidos, serve-se de minha distração.
Busco conforto na música alta e bufante  Exit music (for a film)– A mesma banda.
Entorpecido ao som, tudo passa como em uma película... Não há como...
Não há...
Banho-me só, sem paladar.
No espelho logram gotas, disformes, amargas...
Sem encontros ou desencontros.
Muralhas se erguem ao redor com pedras grandes e pesadas.
Não mais terei, nem por uma noite sequer, como amar em seu pleno sentido, mutilado!
A escuridão é inflexível. Nuvens cerradas escondem, durante a insônia e o desassossego, o nascer do dia que como mais um dia cobra seu raiar.

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